Dor Lombar - O que você precisa saber ?
A dor lombar afeta milhões de pessoas e pode ter diferentes causas — desde tensão muscular até problemas mais graves na coluna. Neste artigo, você vai descobrir os sintomas mais comuns, quando é hora de procurar ajuda médica e quais são as melhores opções de tratamento.
Matheus Grossi, MD
3/16/2024
Você sabia que cerca de 84% dos adultos vão sentir ou já sentiram dor nas costas em algum momento da vida?
Para a maioria das pessoas, essa dor acaba melhorando sozinha com o tempo. Mas, quando a dor persiste por mais de 4 semanas, ela é chamada de dor subaguda. E se ela durar mais de 12 semanas, é considerada dor lombar crônica.
Felizmente, na maioria das vezes, a dor nas costas não está relacionada a algo grave.
A dor nas costas é bastante comum, com cerca de 23% da população mundial enfrentando esse problema a qualquer momento.
Fatores que aumentam o risco de dor lombar:
Alguns fatores podem aumentar as chances de você ter dor nas costas. Veja os mais comuns:
Tabagismo (fumar pode afetar a saúde das suas costas)
Obesidade (o excesso de peso sobrecarrega a coluna)
Idade avançada (com o tempo, a coluna pode sofrer mais desgaste)
Sexo feminino (as mulheres tendem a ter mais problemas de dor lombar)
Trabalho físico ou sedentário (movimentos repetitivos ou ficar sentado por muito tempo)
Trabalho mentalmente extenuante (o estresse também pode impactar a dor nas costas)
Baixa escolaridade (pode estar relacionada a dificuldades de acesso a cuidados de saúde)
Depressão e ansiedade (estados emocionais podem influenciar a percepção da dor)
O Diagnóstico:
Quando a dor nas costas persiste, o diagnóstico é feito com base na história médica e um exame físico. Em alguns casos, o médico pode pedir exames de imagem para investigar melhor. No entanto, fazer exames de imagem sem a indicação médica não costuma ajudar no tratamento e pode até resultar em tratamentos mais invasivos sem necessidade.
Além disso, é importante saber que muitas pessoas têm alterações na coluna, como hérnia de disco, mas sem sentir dor. Por exemplo, cerca de 67% dos adultos que não têm dor nas costas apresentam hérnia de disco em exames, então nem sempre uma mudança encontrada no exame significa que a dor está relacionada àquela alteração.
Tratamento da Dor Lombar - Métodos Não Cirúrgicos:
1. Medidas Conservadoras Iniciais:
Fisioterapia: fortalecimento muscular (core), reeducação postural, alongamentos e técnicas como pilates clínico.
Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e, em casos crônicos, antidepressivos tricíclicos ou neuromoduladores como gabapentinoides.
Acupuntura e terapias complementares: podem ser úteis em casos selecionados.
Educação do paciente: manter-se ativo, ergonomia e controle do estresse.
2. Procedimentos Intervencionistas Minimamente Invasivos:
Bloqueios anestésicos: facetários, sacroilíacos, bloqueios de nervos como o ramo medial.
Infiltrações com corticoide: epidurais ou facetárias, indicadas especialmente em casos de dor com componente inflamatório ou irradiada.
Radiofrequência: denervação por radiofrequência pulsada ou térmica, utilizada em dor facetária crônica.
3. Terapias Regenerativas
Essas técnicas buscam estimular a regeneração dos tecidos danificados, reduzindo dor e melhorando função:
PRP – Plasma Rico em Plaquetas
Derivado do sangue do próprio paciente.
Rico em fatores de crescimento.
Usado para degeneração discal leve a moderada, dor discogênica, lesões ligamentares ou musculares.
BMA – Aspirado de Medula Óssea
Contém células-tronco mesenquimais, fatores de crescimento e citocinas anti-inflamatórias.
Utilizado em casos de dor lombar crônica com degeneração discal, instabilidade ou falha terapêutica com outras abordagens.
O BMA é obtido geralmente da crista ilíaca posterior, processado e aplicado guiado por imagem.
Células Mesenquimais Expandida (em estudo)
Aplicação ainda restrita a protocolos de pesquisa ou uso compassivo no Brasil.
4. Tratamento Multidisciplinar e BioPsicoSocial
Intervenções psicológicas: TCC (terapia cognitivo-comportamental) para lidar com cinesiofobia, catastrofização.
Suporte de equipe multiprofissional: fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e especialistas em dor.
O texto acima é apenas informativo, procure seu medico para melhor esclarecimento e melhor investigação do seu quadro de dor.
Referencia:
Wheeler S G, Wipf J E, Staiger T O, et al. Evaluation of low back pain in adults. Em: UpToDate, Post TW (Ed), UpToDate. (Acessado em 10 de novembro de 2024).
Manchikanti et al., 2020 – "A comprehensive review of regenerative medicine techniques in managing discogenic low back pain" – Pain Physician.
Lutz et al., 2016 – "The Role of Regenerative Medicine in the Treatment of Chronic Low Back Pain: A Review of the Literature" – Pain Management.
Centeno CJ et al., 2008 – “Percutaneous stem cell transplantation into degenerative intervertebral discs” – Spine Journal.
SBED - Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor – Diretrizes e conteúdos disponíveis em www.dor.org.br
"Nem toda dor lombar precisa acabar em cirurgia! Muitas vezes, com uma avaliação especializada e individualizada, é possível identificar alternativas menos invasivas, como tratamentos intervencionistas e técnicas regenerativas, que trazem alívio e qualidade de vida sem a necessidade do bisturi. Se você recebeu indicação de cirurgia, saiba que buscar uma segunda opinião é um direito — e pode abrir novas possibilidades para seu tratamento."
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Dr. Matheus Pereira de Miranda Grossi
CRM-MG -72960
Anestesiologia - RQE Nº: 57309
Medico da Dor - RQE Nº: 63808